Melanoma Maligno
â€‹É a neoplasia maligna que vem dos melanócitos - células da pele responsáveis pelo pigmento que nos dá cor e que nos protege da ação dos raios solares.
O Melanoma Maligno
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A despeito de há algumas décadas atrás esse ser um câncer relativamente incomum, o aumento da exposição solar da população, já nas menores idades, a partir da agressão da camada de ozônio pelos subprodutos da industrialização no mundo, o Melanoma Maligno tornou-se mais freqüente, aumentando sua incidência significativamente em populações de pele clara ao nível dos trópicos (ex. Austrália, Brasil, EUA, etc)
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Sua fama se dá por ser dos tumores de pele o mais letal, sendo responsável por aproximadamente 9940 mortes nos EUA em 2015. Compreende apenas 2% dos tumores de pele.
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Pode acometer outras etnias como os amarelos e negros, porém em menor incidência, em torno de 1/20 dos brancos.
Os Fototipos de Pele
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Em 1975 Fitzpatrick desenvolvou uma escala de tonalidades de pele, de acordo com sua resposta ao sol e sua sensibilidade ao mesmo. Apesar de não haver estreita correlação da incidência de Melanoma com a tabela, em virtude de existirem outros fatores associados a essa doença, ela norteia os principais grupos sob risco da doença.
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O principal deles sabidamente são dos branco claros, com cabelos ruivos e os albinos. Junto com o fato da exposição a queimaduras solares graves na infância, talvez sejam os principais fatores de risco a serem investigados no histórico prévio do paciente.
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A idade média ao diagnóstico é em torno dos 57 anos, e a distribuição entre os sexos costuma variar pouco entre as diferentes faixas etárias.
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Etiologia
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Os melanócitos, que são as células que dão origem ao melanoma são provenientes de uma das camadas mais externas do embrião humano, a chamada crista neural. Tais células migram para a epiderme e fornecem assim a proteção e coloração que naturalmente temos.
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Isso explica também o surgimento de melanoma em outras áreas derivadas da crista neural, como mucosas, uvea (olho) e meninges (SNC).
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Lesões Precursoras
FOTOS - (E p/ D - Cima / Baixo)
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NEVUS COMUM ADQUIRIDO
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NEVUS DISPLÁSICO
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NEVUS CONGÊNITO
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NEVO CELULAR AZUL
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Existem outros fatores relacionados como:
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Genética
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Radiação Ultravioleta (UVA / UVB)
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Queimaduras Solares (Agudas, Intensas, Infância)
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História Familiar de Melanoma
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Como diagnosticar? - A B C D E
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Ao examinar a pele, deve-se ter atenção com os seguintes passos:​
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- Avaliar o número de nevus ou lesões suspeitas ou atípicas
- Exame completo da pele (nu)
- Registro em prontuário ou digital das lesões do paciente
- Se possível, uso de lentes magnificadoras
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Avaliar cada lesão a partir do MNEMÔNICO ao lado:
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Assimetria
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Bordas
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Cor
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Diâmetro > 6mm
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Evolução
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Incluir também a avaliação dos linfonodos dos vários territórios
de drenagem.
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Tipos de Melanoma
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Melanoma de Disseminação Superficial (70%) - Nevos Pigmentados Displásicos - Cabeça e Pescoço / Tronco e Membros
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Melanoma Nodular - (10-15%) - Tronco de Homens e outras superfícies - Fase Radial pode estar AUSENTE!
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Melanoma Lentiginoso - (10-15%) - Áreas de exposição solar - Cabeça e Pescoço - Podem ser largos alterando áreas despigmentadas
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Melanoma Lentiginoso Acral - Mesma incidência entre Brancos e Negros - Palmas, Solas e Unhas - Extremamente Agressivos!
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Melanoma Lentiginoso Mucoso - 3% - Desenvolvem-se de qualquer epitélio MUCOSO
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Classificações - Breslow e Clark
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Tais classificações são importantes por que norteiam
o estadiamento da doença e no caso da classificação de
Breslow está incluida dentro do estadiamento (T - tumor)
da AJCC:
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T1 - ≤1.0 mm (a: sem ulceração, b: com ulceração)
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T2 - 1.01-2.0 mm (a: sem ulceração, b: com ulceração)
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T3 - 2.01-4.0 mm (a: sem ulceração, b: com ulceração)
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T4 - < 4.0 mm (a: sem ulceração, b: com ulceração)
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Tal classificação está diretamente relacionada ao prognóstico
do paciente frente a doença,
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