Câncer do Aparelho Digestivo
São os tumores malignos derivados de órgãos e glândulas relacionados ao processo digestivo e absortivo dos seres humanos.

Câncer de Esôfago
Este é um exemplo dos chamados tumores "silenciosos", pois a complacência do órgão e o início de sintomas mais importantes tardiamente acabam mascarando o crescimento da lesão.
Existem fatores de risco e incidências geográficas bem definidas, relacionados a hábitos de vida (tabagismo e etilismo), líquidos quentes (chimarrão, etc), injúria cáustica (soda cáustica), doença do refluxo gastroesofágico e obesidade. Dietas pobres em Vitaminas e consumo de enlatados e conservas (ricos em nitratos) contribuem para um risco aumentado.
Usualmente o primeiro sintoma é a dificuldade para ingerir os alimentos; esse, quando presente, é um sinal de doença, na maioria das vezes, já avançada . A perda de peso é outro sinal freqüente.
Rastreamento precoce não é recomendado, exceto em pacientes com fatores de risco importantes como tabagismo e etilismo.
Em nosso meio a endoscopia digestiva alta (biópsia + lavado) e o exame radiológico com ingestão do bário (contraste) são os métodos utilizados para o diagnóstico.
Exames necessários para avaliação da doença podem envolver Tomografias, USG Endoscópico, entre outros.
O Tratamento pode envolver Cirurgia, Radioterapia + Quimioterapia, de acordo com o estadiamento da doença, tipo de câncer e posicionamento da lesão no esôfago.
Câncer de Estômago
Este já foi um dos tumores com maior incidência em todo o mundo, chegando a ser em alguns países do mundo a segunda principal causa de câncer.
Apesar da diminuição da incidência do câncer gástrico nos últimos 60 anos, tem-se notado um aumento na incidência do câncer da parte proximal do estômago (transição esôfago-gástrica), chegando a ser endêmica em algumas regiões como no Japão, parte da Europa e América do Sul, principalmente Chile e Costa Rica.
Costuma incidir a partir dos 40 anos de idade, acometendo principalmente os homens, com o pico aos 70 anos. Nas mulheres surge mais precocemente.
Dietas pobres em Vitaminas e consumo de enlatados e conservas (ricos em nitratos) contribuem para um risco aumentado, sendo bem descritos pela literatura. Estudos têm demonstrado a diminuição do risco para o câncer com a ingestão de vegetais crus (não cozidos), frutas cítricas e alimentos ricos em fibras. Já o aumento do risco pode ser notado na ingesta pobre de vitaminas A e C, carnes e peixes salgados, alto consumo de nitrato e baixo consumo de proteínas e gordura. Tabagismo e etilismo também são fatores importantes!
A incidência aumentada também está relacionada a classe social mais baixa e pacientes já operados - Estômago Operado. Infecção pelo H. Pylori e também a Polipose Adenomatosa Familial (PAF) são outros fatores de risco associados.
Os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma em alguns tipos histológicos: adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores), linfoma (diagnosticado em cerca de 3% dos casos) e leiomiossarcoma (iniciado em tecidos que dão origem aos músculos e aos ossos).
Hoje o diagnóstico se dá principalmente por Endoscopia Digestiva Alta, porém existem outros métodos como EED contrastado, pouco utilizado.
Rastreamento precoce é recomendado em descendentes de Asiáticos, e praticado no Japão, onde a incidência de tumores precoces é maior justamente por tal prática.
Exames necessários para avaliação da doença podem envolver Tomografias, USG Endoscópico, entre outros.
O Tratamento pode envolver Cirurgia, Quimioterapia e/ou Radioterapia antes e/ou depois da Cirurgia , de acordo com o estadiamento da doença, tipo de câncer e posicionamento da lesão no esôfago.



Câncer do Intestino Delgado
O intestino delgado, apesar de representar aproximadamente 90% da área de contato de todo o intestino com o alimento, apresenta um baixo índice de lesões tumorais, provavelmente pela rápida passagem do alimento por essa parte do intestino promovendo um menor contato do alimento e seu carcinógenos com a mucosa desse segmento.
Estimativas demonstram que o câncer do intestino delgado é aproximadamente 30 vezes menos incidente que o câncer coloretal (do intestino grosso e reto).
Câncer Colorretal (Intestino Grosso e Reto)
Uma característica importantíssima desses tumores é que a maioria deles tem origem em pólipos inicialmente benignos, que são pequenas elevações na parede do cólon e/ou do reto e que crescem muito lentamente, podendo levar muitos anos para se tornarem malignos. Isso permite que esses pólipos possam ser identificados e retirados antes de se transformarem em tumores malignos, através da colonoscopia.
FATORES DE RISCO
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Consumo de Carnes Vermelhas Processadas e Enlatados
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Gorduras
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Obesidade
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Tabagismo
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Idade > 50 anos
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História de Pólipos
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Doença Inflamatória Intestinal
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Sindromes Familiares - Polipose Adenomatosa Familial / HNPCC
SINAIS E SINTOMAS
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Sangramento ao Evacuar
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Anemia Crônica
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Perda ponderal
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Alteração do Hábito Intestinal
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Modificação da coloração das fezes
DIAGNÓSTICO
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Colonoscopia
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Retossigmoidoscopia
TRATAMENTO
Pode envolver em quadros iniciais apenas Colonoscopia Terapêutica -
Pólipos Únicos, mas é essencialmente CIRÚRGICO! Dependendo da
localização do intestino acometido, os procedimentos mudam.
Em casos mais avançados, podem ser lançado mãos para o tratamento
Quimioterapia e até Radioterapia, com um gama ampla de procedimentos de acordo com o estadiamento.
