Cirurgia Oncológica - Cirurgia do Câncer
Estudos demonstram que o Cirurgião Oncológico é peça chave no prognóstico do tratamento do Câncer. Seu papel na condução cirúrgica do mesmo, implica diretamente no prognóstico clínico do paciente.
Artigo do INCA (Instituto Nacional do Câncer) sobre a importância do Cirurgião Oncológico - http://www.inca.gov.br/rbc/n_50/v02/pdf/OPINIAO.pdf

A formação de um Cirurgião Oncológico envolve atualmente 11 anos de formação médica. Somando-se aos 6 anos já conhecidos da faculdade de Medicina vem mais 5 anos de formação específica em Cirurgia, inicialmente com o ingresso a residência médica em Cirurgia Geral (2 anos de duração) e posteriormente a uma subespecialização, que no caso da Cirurgia Oncológica são de 3 anos.
Esse amplo período de formação permite que o Cirurgião Oncológico esteja apto para a abordagem de tumores de todas as áreas do corpo, exceto tumores do sistema nervoso central
Durante seu período de formação, o Cirurgião Oncológico também aprende a tratar os pacientes de forma global, atuando em sincronia junto ao Oncologista Clínico - responsável pela Quimioterapia - e o Radioterapeuta, sempre que necessário.
Outro ponto importante é a necessidade de uma abordagem multidisciplinar aos diferentes aspectos que o tratamento oncológico traz ao paciente, seja ele decorrente de fases do tratamento e também do ponto de vista psicológico e das implicações da doença a família e ao paciente. Para tanto, forma-se uma equipe onde podem ser envolvidos profissionais como Enfermeiro, Fisioterapeuta, Nutricionista, Psicólogo, entre outros.
No Hospital de Câncer de Barretos (SP) pratica-se há muitos anos a abordagem minimamente invasiva, através da Videolaparoscopia - inicialmente - e da Robótica - nos últimos 2 - o que permite que o profissional formado por essa escola esteja habituado e capacitado para o uso principalmente da Videolaparoscopia para o Tratamento do Câncer.
Neste mesmo Hospital, encontra-se anexo uma das 3 unidades de um dos melhores centros de treinamento em Cirurgia Minimamente Invasiva de todo mundo, o IRCAD (Instituto de Pesquisa contra os Cânceres do Aparelho Digestivo). O residente de Cirurgia Oncológica encontra-se inserido nesse contexto e potencializa seu aprendizado ao acompanhar diferentes profissionais, de diferentes países e desenvolve sua técnica com a oportunidade de utilizar-se de sua estrutura para treinamento em Videolaparoscopia para o Tratamento Cirúrgico do Câncer.
Vantagens da Videolaparoscopia:
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Incisões Menores - Menor dor no pós-operatório, menor índice de Hérnia e melhor resultado estético;
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Menor índice de infecções de parede;
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Menor sangramento, o que diminui o risco de necessidade de transfusão sanguínea;
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Menor tempo de internação;
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Retorno precoce as atividades normais.
Risco de Conversão da Cirurgia Videolaparoscópica para Aberta:
Toda Cirurgia Videolaparoscópica possui um risco de conversão. Essa taxa de conversão varia conforme a experiência do cirurgião e sua equipe, a qualidade do material utilizado, e as características do paciente e sua doença.
Algumas causas de Conversão:
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Grande quantidade de aderênicas
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Falha do equipamento
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Complicação durante a cirurgia que não possa ser corrigida pela via laparoscópica
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Problema de saúde do próprio paciente (ex.: Doença pulmonar em que a distenção do abdome compromete a respiração do paciente.)
Felizmente, a taxa de conversão gira em torno de 1 a 5%, podendo ser até menos em alguns procedimentos mais simples.
Por isso, a conversão para cirurgia aberta não é considerada uma complicação e sim uma mudança da estratégia cirúrgica, que visa garantir a segurança do paciente.
